18/03/2008

GENGIBRE


O gengibre é uma planta asiática, originária da ilha de Java, da Índia e da China, de onde se difundiu pelas regiões tropicais do mundo. Há duas espécies desta planta; a primeira é o Tapeinochilus Anassaea, conhecida como Gengibre-Abacaxi porque sua inflorescência assemelha-se ao ananás ou abacaxi. A segunda, Zinziber Spectabilis, é chamada de gengibre-magnífico ou colméia, pois faz lembra uma colméia.

O gengibre é uma planta herbácea da família das Zingiberaceae. Originário da Ásia é conhecido na Europa desde tempos muito remotos, para onde foi levado por meio das Cruzadas. No Brasil, o gengibre chegou menos de um século após o descobrimento. Naturalistas que visitavam o país (colônia, naquela época) achavam que se tratava de uma planta nativa, pois era comum encontrá-la em estado silvestre. Os indígenas chamavam-na de mangaratiá ou magarataia.

O gengibre causa grande impacto visual, quer por sua beleza ornamental, quer como curiosidade.

Hoje, o gengibre é cultivado principalmente na faixa litorânea de Santa Catarina, do Paraná e no sul de São Paulo, em razão das condições de clima e de solo mais adequadas. Trata-se de uma planta perene da Família das Zingiberáceas, que pode atingir mais de 1 m de altura. As folhas verde-escuras nascem a partir de um caule duro, grosso e subterrâneo (rizoma). As flores são tubulares, amarelo-claro e surgem em espigas eretas.
Usos medicinais

Como planta medicinal o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona.

Popularmente, o chá de gengibre, feito com pedaços do rizoma fresco fervido em água, é usado no tratamento contra gripes, tosse, resfriado e até ressaca. Banhos e compressas quentes de gengibre são indicados para aliviar os sintomas de gota, artrite, dores de cabeça e na coluna, além de diminuir a congestão nasal e cólicas menstruais.

Desde a Antigüidade, o gengibre é utilizado na fabricação de xaropes para combater a dor de garganta. Sua ação anti-séptica pode ser a responsável pela fama, tanto que muitos locutores e cantores revelam que entre os seus segredos para cuidar bem da voz está o hábito de mastigar lentamente um pedacinho de gengibre. No entanto, esse hábito (mascar gengibre e em seguida cantar ou falar, enfim, fazer uso da voz) é contra-indicado visto que o gengibre possui também propriedades anestésicas e esta "anestesia tópica" diminui o controle da emissão vocal, favorecendo o aparecimento de abusos vocais.

No Japão, massagens com óleo de gengibre são tratamentos tradicionais e famosos para problemas de coluna e articulações. Na fitoterapia chinesa, a raiz do gengibre é chamada de Gan Jiang e apresenta as propriedades acre e quente. Sua ação mais importante é a de aquecer o baço e o estômago, expelindo o frio. É usada contra a perda de apetite, membros frios, diarréia, vômitos e dor abdominal. Aquece os pulmões e transforma as secreções. Na medicina Ayurvédica, o Zingiber officinale é conhecido como "medicamento universal".

Recentemente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheceu a ação dessa planta sobre o sistema digestivo, tornando-a oficialmente indicada para evitar enjôos e náuseas, confirmando alguns dos seus usos populares, onde o gengibre é indicado na digestão de alimentos gordurosos.

Gengibre é uma planta da família das zingiberáceas, cujo princípio ativo aromático é o rizoma. O sabor ardente e acre do gengibre vem dos fenóis gingerol, shogoal e zingerona.

O uso fitoterápico do gengibre é devido ao cineol, que é um estimulante digestivo que estimula a secreção gástrica. Outras condições na qual usa-se do gengibre incluem cólicas, flatulências, dispepsias, rouquidão e irritação da garganta.

Indicações: estimulante gastrintestinal, aperiente, combate os gases intestinais (carminativo), vômitos, rouquidão; tônico e expectorante. Externamente é revulsivo, utilizado em traumatismos e reumatismos.

Parte usada: rizoma ("raiz").

Preparo e dosagem

* Pulverizar o rizoma e ingerir contra vômitos.
* Decocção: preparar com 1 colher (chá) de raiz triturada em 1 xíc. de chá de água, tomar 4 xíc. de chá ao dia.
* Cataplasmas: preparar com gengibre bem moído ou ralado e amassado num pano, e deixar no local (para reumatismos e traumatismos na coluna vertebral e articulações).
* Rizoma fresco: mascar um pedaço (rouquidão).
* Tintura: 100 g do rizoma moído em 0,5 l de álcool, fazer fricções para reumatismos.
* Xarope: pode ser ralado e adicionado a xaropes, juntamente com outras plantas.

Toxicologia: o uso externo deve ser acompanhado para evitar possíveis queimaduras.

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