23/06/2011

ORIGEM DE CORPUS CHRISTI



A Igreja celebra Corpus Christi (Corpo de Deus) como festa de contemplação, adoração e exaltação, onde os fiéis se unem em torno de sua herança mais preciosa deixada por Cristo, o Sacramento da sua própria presença.

A solenidade do Corpo de Deus remonta o século XII, quando foi instituída pelo Papa Urbano IV em 1264, através da bula “Transiturus”, que prescreveu esta solenidade para toda a Igreja Universal.

A origem da festa deu-se por um fato extraordinário ocorrido ao ano de 1247, na Diocese de Liége – Bélgica. Santa Juliana de Cornillon, uma monja agostiniana, teve consecutivas visões de um astro semelhante à lua, totalmente brilhante, porém com uma incisão escura. O próprio Jesus Cristo a ela revelou que a lua significava a Igreja, a sua claridade as festas e, a mancha, sinal da ausência de uma data dedicada ao Corpo de Cristo. Santa Juliana levou o caso ao bispo local que, em 1258, acabou instituindo a festa em sua Diocese.

O fato, na época, havia sido levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón que, quase duas décadas mais tarde, viria a ser eleito Papa (Urbano IV), ou seja, ele próprio viria a estender a solenidade a toda a Igreja Universal. O fator, que deflagrou a decisão do Papa, e que viria como que a confirmar a antiga visão de Santa Juliana, deu-se por um grande milagre ocorrido no segundo ano de seu pontificado: O milagre eucarístico de Bolsena, no Lácio, onde um sacerdote tcheco, Padre Pietro de Praga, colocando dúvidas na presença real de Cristo na Eucaristia durante a celebração da santa Missa, viu brotar sangue da hóstia consagrada. (Semelhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no início do Século VIII). O fato foi levado ao Papa Urbano IV, que encarregou o bispo de Orvietro a levar-lhe as alfaias litúrgicas embebidas com o Sangue de Cristo. Instituída para toda a Igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada país, de cada localidade.

No Brasil, a festa foi instituída em 1961. A tradição de enfeitar as ruas com tapetes ornamentados originou-se em Ouro Preto, Minas Gerais e a prática foi adotada em diversas dioceses do território nacional. A celebração de Corpus Christi consta da santa missa, da procissão e da adoração do Santíssimo. Lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná no deserto e hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo. Durante a missa, o celebrante consagra duas hóstias, sendo uma consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

Reflexões

Os católicos tem plena convicção da presença real de Cristo na Eucaristia. Jesus está verdadeiramente presente, de dia e de noite, em todos os Sacrários do mundo inteiro. Contudo, nos parece que esta certeza já não reside com tanta intensidade no coração do homem moderno. O maior Tesouro que existe sobre a terra, "que possui o valor do próprio Deus", a Eucaristia, Cristo a deixou para os homens .... de graça! Se mesmo na condição de pecadores, assombramo-nos com o descaso a tão valioso Sacramento, impossível assimilar o sentimento de Deus ante a indiferença dos homens com a Eucaristia.

Ao contrário do que se imagina, a Igreja está mais preocupada em pregar e difundir a Sã Doutrina, do que com o número de ovelhas em seu aprisco. A Igreja não trabalha baseada em dados estatísticos, mas com a difusão do Evangelho. Nesse sentido, lembremos que houve debandada geral da turba quando Jesus revelou publicamente: "Minha carne é verdadeiramente comida e meu Sangue, verdadeiramente bebida". Ao ouvir isto, o povo escandalizado deu as costas à Jesus; todos evadiram-se, restando apenas doze. Jesus não deu maiores explicações, nem correu atrás da multidão desolada, pelo contrário, simplesmente perguntou aos doze: "Quereis vós também retirar-vos?". No que São Pedro respondeu: "A quem iríamos nós, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna" (Cf. Jo 6, 52 - 68). Portanto, é absolutamente claro que: "Jesus não depende das multidões, as multidões é que dependem d'Ele", assim como "A Igreja de Cristo não depende dos fiéis, os fiéis é que dependem dela para chegarem a Cristo" (Livro Oriente)

Ao aproximarmo-nos do Santo Sacrário, tenhamos a confiança de dizer "Meu Senhor e meu Deus", certos de que Ele está ali, Vivo, Real e Verdadeiro a ouvir nossas preces e a contemplar nossa fé. E esta fé, é uma formidável bem-aventurança que recebemos de Jesus, por intermédio das dúvidas levantadas por São Tomé, a quem o Mestre disse: "Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!" (Jo 21, 29)

Fonte: www.paginaoriente.com

ORIGEM DE CORPUS CHRISTI

A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV , para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

Dois acontecimentos ajudaram o papa a tomar a decisão de instituir esta festa:

A VISÃO DE SANTA JULIANA DE CORNILLON

Monja agostiniana de Liège na Bélgica, na qual Jesus pedia uma festa para de um modo mais forte testemunhar o significado da Eucaristia para a vida do cristão. Aos 38 anos confidenciou este segredo ao cônego Tiago Pantaleão de Troyes, que mais tarde seria eleito papa com o nome de Urbano IV (1261- 64). A "Fête Dieu" (Festa de Deus), como inicialmente foi chamada a Festa de Corpus Christi, começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230.

A procissão eucarística acontecia somente dentro da igreja, com a finalidade de proclamar gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, realiza-se a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana. Depois, tornou-se festa litúrgica a ser celebrada na Bélgica.

O MILAGRE EUCARÍSTICO DE ORVIETO-BOLSENA (ITÁLIA)

No ano de 1263 em Bolsena um sacerdote celebrando a santa missa, foi atormentando pela dúvida da Presença real de Jesus na Eucaristia. No momento da fração da hóstia, viu em suas mãos um pedacinho de carne, de onde caia gotas de sangue no corporal. O sacerdote recolheu a hóstia milagrosa no cálice, o corporal com o sangue e levou tudo para a sacristia. Em pouco tempo, tal acontecimento chegou ao conhecimento do papa Urbano IV, que estava em Orvieto, uma cidade vizinha. O papa envia uma equipe de eminentes teólogos, dizem entre os quais Santo Tomás de Aquino e São Boaventura. Constatada a veracidade do milagre, o corporal manchado com o sangue de Cristo é levado em procissão à presença do papa. Este milagre somente serviu para confirmar a visão de Sta. Juliana.

Em 1264, com a bula "Transiturus", o Papa Urbano IV prescreveu essa solenidade para toda a Igreja. Era uma época em que a cristandade estava sendo profundamente agitada por uma polêmica que questionava a presença real de Cristo na Eucaristia. Desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada localidade.

A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

Os enfeites trazidos com ramos de árvores e flores, os vários altares colocados ao longo do percurso começaram a aparecer em algumas partes da Alemanha. Contudo, foi no período barroco que a procissão ganhou os ares de um cortejo triunfal e pomposo. Nesta época, verdadeiros carros alegóricos com personagens do Antigo e do Novo Testamento se relacionando-os ao mistério da Eucaristia já se faziam presentes. Depois, estes motivos passaram aos tapetes que cobriam a rua por onde Jesus Eucarístico deveria passar.

A ceia

MARCOS 14,12-16.22-26

No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava a Páscoa, perguntaram-lhe os discípulos: “Onde queres que preparemos a refeição da Páscoa?” Ele enviou dois dos seus discípulos, dizendo: “Ide à cidade, e sair-vos-á ao encontro um homem, carregando um cântaro de água. Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: O Mestre pergunta: Onde está a sala em que devo comer a Páscoa com os meus discípulos? E ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, mobiliada e pronta. Fazei ali os preparativos.” Partiram os discípulos para a cidade e acharam tudo como Jesus lhes havia dito, e prepararam a Páscoa.

Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo.” Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentou-lho, e todos dele beberam. E disse-lhes: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos. Em verdade vos digo: já não beberei do fruto da videira, até aquele dia em que o beberei de novo no Reino de Deus.”

Comentário da Leitura

Nossa fé no Cristo-Eucaristia não pode permanecer estacionada no fundo de nosso coração, nem dormir na pequena cela de nossa consciência.É preciso proclamar bem alto que, naquele Corpo imolado pelo ser humano e naquele Sangue derramado sobre o mundo, Deus quis estabelecer a Nova Aliança, conosco, afim de que se concretizem a libertação verdadeira e a salvação esperada.

Essa nossa fé precisa ser vivida ao ar livre, de modo que o mundo veja e aprenda a acreditar - e, crendo, possa reconhecer como Deus o ama. É justamente por isso que vale a pena levar em procissão o Santíssimo Sacramento.

Mas é bom lembrar que nosso amor pela Eucaristia não se comprova na hora das procissões: comprova-se na hora do banquete. Pois é assumindo o Cristo que nos comprometemos a extinguir nossos instintos de violência e nossa sede de vingança; nossa agressividade e nossa inimizade, nosso ódio e nosso egoísmo.

É nessa hora que Deus "nos pega" e nos transforma: de escravos em filhos seus; de inimigos em amigos; de guerreiros em semeadores de paz; de aliados da morte em promotores da vida...

As procissões, então, só tem valor enquanto manifestam perante o mundo nossa crença e nossa alegria de crer...

Contanto, porém, que não haja triunfalismo ao levarmos em procissão a santa Eucaristia. Porque Cristo não gosta nem um pouco de triunfalismos: prefere fazer sua entrada na vida dos homens, não montado em cavalo branco de dominador, e sim num jumentinho de gente pobre...

De qualquer forma, é ao repartir aquele Pão que rememoramos a morte e ressurreição do Senhor, esperando que o fogo daquela memória aqueça nosso coração gelado, acorde nossa fé adormecida e nos torne capazes de amar, até fazermos de nossa vida um Dom para a libertação da humanidade inteira...

Corpus Christi significa “Corpo de Cristo”. Nessa festa se comemora a presença de Jesus Cristo na Eucaristia.
Em cada Santa Missa, os sinais do pão e do vinho se tornam misteriosamente o Corpo e o Sangue de Cristo.

A festa de Corpus Christi é celebrada na quinta-feira depois da Festa da Santíssima Trindade, que acontece no Domingo depois de Pentecostes.

Uma das tradições da festa é a procissão. Na véspera de Corpus Christi, os fiéis enfeitam as ruas com tapetes artesanais por onde as procissões vão passar.
Os tapetes são feitos com materiais como: palha, flores, pó, serragem colorida, sementes, tampinhas de refrigerantes encapadas com papéis coloridos entre outras coisas.


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