25/02/2008

LEMBRA -SE DESTAS RELIQUIAS

A Simca (Société Industrielle de Mécanique et de Carrosserie Automobile) era uma montadora francesa, posteriormente adquirida pela Chrysler e que produziu veículos no Brasil. Seu modelo mais comercializado foi o Chambord, equipado com motor de 8 cilindros em V, 84 HP e 2400 cc, plataforma da qual deu origem a um veículo menos sofisticado, batizado como Alvorada.

Também atendendo o programa de carros populares, e usando o Alvorada como base, foi criada a versão Profissional destinada mais especificamente ao público-alvo dos taxistas. Para baratear ainda mais o novo modelo, foram retirados todos os frisos e cromados; a tampa do porta-luvas; o pára-sol do carona; as calotas; a alavanca de liberação do capô e a ventilação interna. Embora pintados com cores mais agressivas como verde limão e amarelo ovo, além do branco comum, as portas eram revestidas internamente com chapas de fibras prensadas, o estofamento forrado em plástico e os pára-choques pintados na cor cinza escuro.

A idéia dos automóveis populares naquela época parecia que tinha tudo para dar certo, a começar pelos preços bastante inferiores se comparados com os dos modelos tradicionais, no entanto a procura ficou muito abaixo das previsões mínimas de venda, talvez porque possuir um carro já fosse um símbolo de status e o nível de conforto oferecido por eles fosse menor do que os compradores já estavam acostumados.





A Vemag (Veículos e Máquinas Agrícolas S.A.) produziu através de licença da montadora alemã DKW (Das Kleine Wunder - A Pequena Maravilha), carros, caminhonetes e jipes. Em 1963, portanto antes do programa governamental de carros populares, fabricou um modelo simplificado da caminhonete Vemaguet, batizada de Caiçara, com o mesmo motor de 2 tempos, 3 cilindros em linha, 44 HP e 981 cc.

Dois anos mais tarde, despiu ainda mais o modelo anterior, retirando o que restava de frisos e cromados; calotas; carpete; tampa do porta-luvas; luz interna; lavador de pára-brisa; e espaço para instalação de rádio. O banco dianteiro deixou de ter alavanca de regulagem, havendo a necessidade de encaixar o conjunto manualmente nos sulcos dos trilhos; os vidros laterais traseiros passaram a ser fixos e a porta de acesso ao bagageiro deixou de ser bipartida. Estava criado o modelo Pracinha.



A Willys produziu o modelo Teimoso baseado na mesma plataforma do sedan Gordini, com motor de 4 cilindros em linha, 38 HP e 845 cc. Não possuia: Lanternas gêmeas traseiras. A da placa com uma seção em vermelho, servia tanto como luz de posição e de freio; sinaleiras; trava de direção; revestimentos ou iluminação interna. Era vendido também sem as calotas; pára-choques e aros dos faróis pintados; sem a tampa do porta-luvas, nem os marcadores de temperatura e combustível e o afogador automático do carburador.

Curiosidade - O nome Teimoso foi adotado pela empresa após uma prova de resistência realizada em Interlagos, onde estava previsto que o carro deveria percorrer mais de 50 mil Km em 22 dias, dia e noite, só parando para reabastecimento e troca de pilotos da empresa. Ocorreu que em determinado momento houve uma capotagem, tendo a Willys optado em fazer pequenos reparos no local e levá-lo de volta a pista onde terminou o percurso previsto. Estava batizado o modelo.

Willys Teimoso


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